Flávio Damm gaúcho de nascimento e carioca de coração, 81 anos com 65 de profissão é um dos mais importantes e criativos fotógrafos brasileiros. Jornalista e documentarista viajou o Brasil e o mundo. Olhando com olhos de ver, como bem dizem os portugueses, fotografou em Preto&Branco (sua paixão) com paciência, ousadia, talento e ética o que a sua aguçada sensibilidade guiou.
Vale a pena conferir a exposição que está tendo lugar no Museu Oscar Niemeyer entre os dias 12 de novembro de 2009 a 28 de fevereiro de 2010 de terça a domingo entre as 10:00 até 18:00. A seleção de 80 fotos que o autor apresenta é uma aula sobre o olhar.
Dico Kremer/Nov 2009
Exposição Flávio Damm
Museu Oscar Niemeyer
12/11/2009 a 28/02/2010
Terça a domingo, das 10h às 18h.
Quando tudo pode ser criado digitalmente, o fazer à mão ganha outro charme e poder. Vejo uma crescente legião de criativos espalhados pelo mundo, que mesmo dominando avançadas ferramentas digitais conseguem fazer um remix "anadigi", como se dizia nos falecidos 80.
Tenho visto várias campanhas que usam técnicas analógicas de produção. E não precisa ser algo de outro mundo não. Simplicidade e senso estético apurado é quem mandam. Existem projetos feitos com papel, cola e tesoura e quase sem pós-produção tão impressionantes quanto CGIs milionários.
Quando bati o olho nessa campanha dos sorvetes Ben & Jerry's achei o visual muito poderoso e coerente com a pegada do produto, um sorvete "caseiro". Quando você descobre que é tudo feito à mão mesmo, usando até garrafa PET como estrutura dos bichinhos, a coisa fica ainda mais saborosa.
Como é raro poder ver os bastidores dessas produções "low tech", segue o "making of" onde dá entender cada detalhe do "mão na massa" dos caras.
Veja outros exemplos de coisas à mão que ficaram bem resolvidas. Se você der uma busca por mais desse assunto verá que não é uma tendência ou modismo, o feito à mão ganhou seu lugar ao lado do high tech e não sai mais de lá.
Na sexta-feira chegaram nossos convites com as pulseiras de acesso. E no domingo da república lá estava um pedaço do Coisa Semanal circulando por um espaço muito interessante, bem localizado, fácil de estacionar (ponto importante em cidades como a nossa).
A esquina da Inácio Lustosa com Duque de Caxias ganhou uma vida nova, que pode ser percebida à distância por quem sobe a a rua. As cores fortes já avisam de longe que ali não se trata de um lugar qualquer metido a "moderninho", ouvi em meio à multidão comparações com o tal Soho Batel. Não, nada disso. Ali tem força criativa autêntica, feita por pessoas que puseram a mão na massa. Um lugar cheio de intenções e vontades próprias, que vai abrigar criadores e criaturas de várias origens.
Só posso desejar vida longa e próspera à Galeria Lúdica. E ficamos no aguardo de mais convites, seja pra tocar ou pra expor.
Moda, arte, design e gastronomia dividem o mesmo espaço na Galeria Lúdica, novo espaço multicultural dos mesmos criadores do Mega Bazar Lúdica, evento conhecido por descobrir, apoiar e divulgar trabalhos de novos designers, estilistas e artistas plásticos.
Com mais de 300 m² divididos em escritório de criação, loja-conceitual, galeria de arte e café-bistrô, a Galeria Lúdica se destaca por reunir peças de design de criadores locais, entre eles; Heroína, Picnic Delefante, Lady Louca e Cabeça de Gato, com marcas consagradas como Plastik (especializada em Toy Art), Melissa, Doc Dog, Vide Bula, Do estilista – de Marcelo Sommer – além da recém lançada marca Franco-Brasileira 610, que mistura referências do Urban Chic Francês com a potência do Hip Hop, criando o “Le Hip Hop Lux”.
Numa parceria entre os coletivos criativos Estúdio Rasputines e Galeria Lúdica, foi desenvolvido a campanha de divulgação do espaço, com vídeo teaser e vídeo promocional. O conceito partiu da ideia de mostrar personagens vindos de várias regiões, atraídos de forma hipnótica para um mesmo local; o novo pólo cultural curitibano, a Galeria Lúdica. O “gran finale” acontece quando todos encontram-se parados em frente a uma grande intervenção artística, na fachada do espaço.
A Galeria Lúdica abre as portas no próximo dia 15 de novembro, em horário especial de inauguração; às 15 horas. Com atrações musicais na Rua Duque de Caxias, 365 (esquina com Inácio Lustosa). No “line up” a participação do duo Felix Bravo, Database (SP), Dj Sandra Carraro e a galera do projeto Cambalacho. Por uma questão de organização só quem possuir pulseira VIP terá acesso ao interior da galeria, onde haverá coquetel de lançamento das marcas participantes.
A criatividade não tem limites, nem credo, cor ou raça. Basta demonstrar algumas habilidades, encontrar a parceria perfeita e deixar fluir sentimentos, sensações e alguns conceitos muitas vezes implícitos em uma variedade de contextos.
A primeira animação colaborativa da dupla Blu e David Ellis mostrou o poder de uma criatividade ímpar, tendo como resultado 5 milhões de visualizações no Youtube em 2008.
No mais recente trabalho, intitulado COMBO, a dupla prova mais uma vez que para criatividade não existem obstáculos e sim caminhos cada vez mais abertos. Confira.
Não pense que somente cientistas loucos são capazes de fazer experiências que modificam a forma humana tradicional. LucyandBart é um projeto de Lucy McRae e Bart Hess, que eles descrevem como uma busca instintiva de moda, arquitetura, performance e corpo. Ambos são fascinados por manipulação genética e expressões de beleza. Com um trabalho primitivo e sem limites para criar novas formas humanas usando baixa tecnologia.
Esses caras fazem sucesso em ensaios de moda pelo mundo afora. Nos sites de cada um tem muita referência legal, coisas que daqui a pouco veremos muitos criativos jogando em suas campanhas. Afinal, usar ideias originais de arte em publicidade não é crime e já é feito há muito tempo. Que vença o mais rápido.
Levi van Veluw é um fotógrafo que faz uns auto-retratos bem fora do normal. Primeiro que ele não tem dó de se usar como "tela" para suas experimentações visuais. Com aplicações bem criativas de texturas e cores, seu trabalho já ganhou fama pela Europa e EUA.
O Dragão que velou o Monte Estoril durante nossa estada em Portugal não era certamente chinês ou japonês, pois possuía asas. De asas fechadas vigiava a terra, o mar e o céu. Poderia ter vindo das nuvens, célebres fornecedoras destes fantásticos seres conforme observou Shakespeare: “sometimes we see a cloud that’s dragonish”. Porém não tínhamos a certeza se viera das nuvens porque este fabuloso ser provém de infinitos lugares e assume formas diversas, segundo acredita cada povo. Pode ter ou não asas, soltar fogo e fumaça, ser brilhante ou totalmente negro, ter escamas, patas, cavalgar o vento e pode chegar ao céu. Pode ser visível ou invisível. Alguns têm escamas, outros uma barba, língua longa e dentes afiados. Conrad Gesner (1516-1565) naturalista suíço publicou entre 1551 e 1558 a sua “Historiae animalium”, obra científica, onde não é posta em dúvida a realidade do dragão. Possui vários nomes, dependendo do país onde habita. Em Portugal chama-se Coca, é fêmea e foi contra ela que São Jorge lutou. Perdeu sua força quando o santo guerreiro cortou-lhe uma orelha. O nosso Dragão do Monte Estoril – e digo nosso, pois nos fez companhia durante os quase oito anos em que lá moramos e ainda deve estar por lá a vigiar – provavelmente é aquele que, já não precisando guardar o tesouro fabuloso que durante 300 anos vigiou por volta do século VIII (conforme a saga do Beowulf) emigrou para terras mais amenas. Dissimulado como todo Dragão, conforme a hora do dia poderia ser visto de uma maneira ou de outra. Pela manhã e ao entardecer é que se mostrava na sua melhor forma. Nem todos o viam e muitos duvidavam de nossa sanidade quando o tentávamos mostrar. Os artistas logo o identificavam na paisagem vista da janela de nossa casa. Fotografei-o para mostrar aos incréus.
Dico Kremer.
Dico Kremer, 40 anos de fotografia na área publicitária, nasceu e trabalha em Curitiba. Drop out do curso de direito da UFPR, trabalhou nos Estados Unidos, Suécia, Bélgica, Itália e em Portugal, onde morou quase 8 anos.
P.S. Esta é a primeira colaboração de Dico para o Coisa Semanal, e nós ficamos ansiosos pela próxima.
Assim como Forrest Gump aprendeu que se pode descobrir muito sobre uma pessoa apenas observando o seu calçado, o fotógrafo Mark Menjivar mostra que se pode saber muito sobre alguém observando o que essa pessoa come.
Então, ele passou três anos viajando pelos Estados Unidos e fotografando os refrigeradores de pessoas das mais variadas classes sociais. O resultado é a série "You Are What You Eat".
Analisando as imagens, o que se pode deduzir sobre os donos destes refrigeradores?
Novo clipe para a música "Beyond Here Lies Nothing", do disco novo de Bob Dylan. Dirigido por Nash Edgerton, o curta traz um violento caso de amor.
Na verdade, há um tempo atrás saiu um vídeo oficial para essa música. Acho que é oficial mesmo, não sei. O vídeo é uma apresentação em slide de fotos, e as fotos fazem parte de uma série do fotógrafo Bruce Davidson, chamada Brooklyn Gang, e que estão no encarte do disco de Dylan.
Devido ao sucesso o projeto foi prolongado por mais quatro segundas-feiras, 1º, 8, 15, 22 e 29 de junho.
É muito bom ver eventos legais assim acontecendo em Curitiba. Coisa Semanal dá a maior força e recomenda.
Em três segundas-feiras desse mês de maio o Hermes Bar vai receber o projeto Jazz Som e Imagem, que conta com a curadoria e shows do saxofonista Roberto Pinheiro Machado.
A idéia é juntar um concerto de jazz com exposição fotográfica, trazendo apresentações do saxofonista e uma mostra de obras do fotógrafo Dico Kremer.
"Propondo um diálogo entre a música e a fotografia de arte, o projeto apresentará obras visuais que interpretam livremente a estética do jazz a partir de elementos abstratos que caracterizam o gênero. Capturadas pelas lentes precisas de Kremer, musicalidade e sensualidade aparecem como o ponto de convergência entre jazz e fotografia, e como a característica fundamental de um gênero musical repleto de conotações abstratas e de forte dimensão existencial."
Confira mais detalhes no folder do evento e apareça:
Tilt-shift é uma técnica fotográfica que faz com a imagem da foto pareça ser de uma miniatura ou maquete fotografada.
Veja nesta imagem abaixo como fica:
Até aí, tudo bem. Essa técnica existe há muito tempo, embora seja pouco conhecida. Mas eis que aparece um fotógrafo chamado Keith Loutit e decide animar suas imagens em tilt-shift com stop-motion.
Genial. Como ninguém tinha feito isso antes. O resultado é maravilhoso.
As Eleições Presidenciais dos EUA já acabaram, mas as piadas de Internet vão continuar por muito tempo. Hoje mesmo encontrei um site, que já não é novo, mas ainda não conhecia.
Lembra daquela foto com McCain de língua de fora, tirada no final do último debate entre os dois candidatos? (se não, veja aqui)
Pois bem, surgiram várias montagens com ela e o site Fun With McCain compila muitas delas e, inclusive, incentiva a montar a sua, disponibilizando o .psd.
O Coisa Semanal adora achar fotógrafos. Temos tantos que daria para publicar pelos próximos 10 anos. Tropecei nessa moça, Rebecca Tillet, em meus RSS diários. Do nu artístico ao comercial a garota é matadora.
Alexandre Matias, do Trabalho Sujo, deu a dica da primeira adaptação para o cinema do livro Alice no País das Maravilhas. O filme é de 1903 e foi dirigido por Cecil M. Hepworth.
É uma obra prima cinematográfica, reparem nos efeitos especiais, é genial. E o filme tem 8 minutos, uma super produção para a época. Uma pena que a película não foi conservada ao longo do tempo e está bem danificada. Mas nada que diminua o prazer de assistir.
Limpa a área que vamos invadir
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Esses dias tensos de conflitos com tanques de guerra e tropas de elite
pedem um som à altura. Acende e corre.
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